O catarismo era um movimento popular no século XII. Era uma mistura de cientologia com gnosticismo. Criam que toda carne era perversa, que o mundo material era diabólico e que portanto toda morte era boa. O problema é que os cátaros resistiam tanto as argumentações dos teólogos quanto a força bruta dos cruzados. São Domingos então pensou em outra estratégia: a humildade.
Ele largou tudo e passou a viver apenas do evangelho. Dormia na rua, andava descalço e comia o que encontrava. Mas estava sempre aberto a conversar. Como um vira-lata ganhando a simpatia do bairro, criou a ordem dos Dominicanos. Uma ordem de pregadores desapegados que mendigavam de cidade em cidade ensinando sobre Jesus.
Era um enorme contraste enorme com os clérigos opulentos e os poderosos templários da época. Sem levantar a voz nem a espada São Domingos fez deu aos franceses um renascimento espiritual em parte graças a uso do rosário por leigos, que os dominicanos ajudaram a popularizar.
Os biógrafos contam que a mãe de São Domingos teve um sonho quando grávida. Ela dava luz a um cachorro que carregava uma tocha e colocava fogo no mundo. A imagem foi usada como símbolo da ordem e ainda está em uso hoje. Alguns sugerem que o próprio nome da ordem vem de “Domini Canes” os Cães do Senhor. Infelizmente, a parte da tocha tornou-se uma amarga profecia quando após a morte do santo o papa pediu que os dominicanos liderassem a nada humilde Inquisição.